Alunos do 5º Período de Artes Visuais do Centro Universitário Fluminense - UNIFLU / Campus II • Campos dos Goytacazes/RJ • Disciplina: Informática Aplicada ao Ensino de Arte • Prof.: Rogério Chagas

quarta-feira, 14 de março de 2012

“ A MÃO QUE AGRIDE“


Acho que esta é uma situação das mais complexas para o professor, não no sentido de entrar ou não na  questão, mas de como abordar a criança para que ela fale sobre o assunto sem aumentar o trauma. Digo isto porque esta é uma situação que não pode ser relevada devido aos enormes estragos psicológicos deixados e pelo eminente risco de morte da criança. A aproximação na criança deve ser cautelosa para não alardear para os demais alunos, pois isto aumentaria a humilhação, é preciso então usar do conhecimento individual para com este aluno e aproximar-se num momento em que os demais estejam longe,.

            Antes de mais nada temos que ter em mente que nenhuma informação deve ser obtida sob pressão, pois quanto mais calma a criança, maior será a confiança no professor. A partir daí buscamos de forma cautelosa as informações que ajudarão a descobrir a fonte da agressão. Este primeiro contato é vital, pois entendo que o professor deve ser o indivíduo de maior credibilidade diante do aluno, e no caso de uma agressão do pai ou da mãe esta credibilidade poderá facilitar uma futura abordagem da direção da escola com os pais.

            Porém, a casos mais graves em que a agressão é feita por pai e mãe, ou por um deles sendo o outro conivente com a agressão. Neste caso o relato da criança pode ser bem mais difícil, buscando ela, desvencilhar do assunto ou inventando algo para justificar as marcas no corpo. Entendo que a criança vê os pais como seres a lhe desvendar o mundo, e a lhes proteger de tudo que os cercam. No momento em que ela sofre uma agressão mútua, o seu senso de defesa manda que ela se cale pois a sua condição dentro do lar está ameaçada.

            Dentro deste quadro traumático, podemos como professores de arte buscar a conscientização do quanto ela é importante como ser humano, pois os traumas físicos são curados , mas os psicológicos perduram por toda a vida do indivíduo, assim sendo o olhar para com esta criança deve ser diferenciado ao longo das aulas, buscando atividades que trabalhem a sua alto estima e criando possibilidades para que ela expresse os  sentimentos reprimidos.



Alunos : Décio Luís Ferreira Pessanha

              Isabel de Sousa Azeredo Pedroso

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